Declaração conjunta do presidente do CICV e do presidente da FICV para celebrar o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho: “Todo ataque a um humanitário é um ataque à comunidade a que ele serviu”
Genebra, 7 de maio de 2025 – Neste Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (8 de maio), lamentamos a morte de nossos colegas que foram terrivelmente assassinados enquanto tentavam salvar vidas. Suas mortes exigem muito mais do que palavras vazias de indignação — elas exigem ação.
A comunidade internacional não pode continuar a ignorar as regras da guerra, ignorando os direitos humanos e deliberadamente atacando trabalhadores humanitários. Cada ataque a um agente humanitário é um ataque à comunidade a que ele serviu e uma traição às leis criadas para proteger os civis e aliviar o sofrimento em conflitos.
O assassinato brutal de nossos colegas da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino em março provocou uma comoção global. Mas a história deles não é isolada. De Gaza ao Sudão, Ucrânia e República Democrática do Congo, e além, nossos colegas estão sendo atacados enquanto dirigem ambulâncias, distribuem ajuda e chegam às comunidades carentes da linha de frente.
Já neste ano, perdemos 10 colegas. Isso acontece após o ano mais mortal já registrado para trabalhadores humanitários, com o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho perdendo 38 funcionários e voluntários em 2024. Se esse padrão horrível continuar, 2025 poderá ser ainda pior.
Estados e partes em conflito têm a responsabilidade direta de reverter essa tendência perturbadora e perigosa, protegendo os trabalhadores humanitários, respeitando o direito internacional humanitário e defendendo nossa humanidade compartilhada.
A hora de agir é agora.
