logo


Em junho de 1859, na região de Solferino (norte da Itália), o jovem suíço Jean Henry Dunant, em busca de Napoleão III imperador da França, o qual presenciou uma guerra de Franceses e Italianos contra Austríacos que se desenrolava na região. Na oportunidade, Dunant participou do sofrimento de milhares de soldados que morriam abandonados nos campos de batalha. Ferimentos simples, pequenas fraturas e lesões por armas, ainda que com pouca gravidade, eram causas de mortes desses muitos soldados que em meio à batalha não recebiam quaisquer tipo de atendimento e por complicações destas lesões vinham a perder suas vidas.

Em face do horror que presenciava, Dunant organizou um grupo de voluntários com os habitantes da região, no sentido de ministrar os primeiros socorros a aqueles soldados feridos. Permaneceu ali organizando este grupo por três dias quando, ao retornar à sua cidade, empenhou-se por escrever um livro publicado em novembro de 1862 intitulado “Uma Recordação de Solferino”, onde descreve sua experiência naquele campo de batalha. Neste livro, Dunant propõe a criação de grupos de socorros destinados simplesmente ao atendimento dos feridos que deveria ser reconhecido e protegido pelos países em guerra. Propõe ainda “um princípio internacional convencional e sagrado, o qual uma vez acordada e ratificado, serviria de base às sociedades de socorro para os feridos nos diversos países…” que vai inspirar mais tarde a elaboração das primeiras Convenções de Genebra. Com o espírito de solidariedade que sempre demonstrava, Jean Henry Dunant, que anteriormente já participara da fundação da Aliança Universal Cristã de Moços, em 17 de fevereiro de 1863, recebeu o apoio da Sociedade Pública de Genebra, fundando um Comitê Internacional de Socorro aos Feridos. Esta comissão era formada por:
– Gustave Moynier, advogado e presidente da Sociedade de Utilidade Pública citada;
– Guillaume Henri Dufour, general;
– Louis Appia, médico;
– Théodore Maunior, médico;
– Além do próprio Henry Dunant.
Todos eles eram cidadãos suíços que se empenharam no sentido de organizar uma Conferência Internacional em Genebra, que agrupou representantes de 16 países. Nesta, foram adotadas 10 resoluções e 3 moções que deram origem à Cruz Vermelha. Estas resoluções previam, dentre outras medidas:
– a criação, em cada país, de um Comitê de Socorro, que ajudaria em tempos de guerra, os serviços de saúde dos exércitos;
– a formação de enfermeiras voluntárias em tempos de paz;
– a neutralidade das ambulâncias, dos hospitais militares e do pessoal de saúde;
– a adoção de um símbolo definitivo uniforme: uma braçadeira branca com uma cruz vermelha em fundo branco.

 

O símbolo adotado é uma inversão da bandeira suíça, em homenagem ao país natal do comitê inicialmente formado pelo próprio Henry Dunant. O Comitê passa a adotar a denominação de Comitê Internacional da Cruz Vermelha (C.I.C.V.).

 

Em função do possível relacionamento da cruz como um símbolo cristão, alguns países (a maioria de predominância Islâmica) passaram adotar o símbolo de um crescente vermelho sobre um fundo branco.