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05/06/2015

Cerca de 14 residências da Vila Lorenzi foram as primeiras beneficiadas da cidade com a prática sustentável

Projeto João de Barro usa caixas de leite para forrar casas de madeira em Santa Maria Maiara Besch/Ag. RBS

A doméstica Teresinha Duarte, 55 anos, viu a sua casa se transformar ontem com a ajuda da Cruz Vermelha
Foto: Maiara Besch / Ag. RBS

Nesta sexta-feira é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, e práticas sustentáveis estão, cada vez mais, inseridas no cotidiano. Nesse contexto, um projeto criado em Passo Fundo tem inspirado cidades da Região Central. É o Brasil Sem Frestas, que recicla materiais que serão usados em casas de comunidades carentes. Em Santa Maria, uma ideia semelhante começou a ser desenvolvida ontem pela Cruz Vermelha e vai proporcionar mais qualidade de vida para as famílias, além de ajudar o meio ambiente.

A ideia e o material utilizado são simples: caixas de leite que são usadas para vedar as frestas de casas de madeira. Cerca de 14 residências da Vila Lorenzi foram as primeiras beneficiadas. Segundo Ronimar Costa dos Santos, presidente da Cruz Vermelha, o projeto João de Barro aproveita as caixas, que seriam colocadas no lixo, para proporcionar conforto às famílias.

— As caixas de leite têm alta durabilidade e são resistentes. Nossa ideia é usar as embalagens para vedar as frestas e, assim, proteger as casas do frio e do vento, principalmente — afirma Ronimar.

As embalagens são lavadas, abertas e grampeadas umas às outras nas paredes de madeira das casas e funcionam como um isolante térmico: protegem do frio, do vento, da chuva e da umidade. No inverno, ajudam a aquecer as casas e, no verão, fazem o sistema contrário, resfriando as residências.

Cerca de cinco voluntários da Cruz Vermelha ajudaram na ação. E 1,5 mil unidades de caixas foram arrecadadas pelos voluntários e por integrantes do Grupo de Escoteiros Augusto Severo. Não existe uma margem de quantas caixas são usadas em cada casa, já que depende do tamanho da residência e da quantidade de frestas que o imóvel possui. A vedação é feita interna e externamente.

A doméstica Teresinha Duarte, 55 anos, estava empolgada com o projeto. A casa onde mora há 5 anos foi a primeira a receber o isolante, e a iniciativa já havia sido aprovada.

— Eu tenho um fogão a lenha dentro de casa, mas não adiantava nada porque, com as frestas, o ar quente saía. Agora, vai ficar tudo mais quentinho, e o calor do meu fogão não vai mais sair — comemora Teresinha.

Ampliação a outras áreas

A Vila Lorenzi foi a primeira beneficiada, pois a Cruz Vermelha já trabalha com a comunidade em parceria com a Fraternidade Chico Xavier, que faz um trabalho de amparo com os moradores da região. Ronimar afirma que a expectativa é expandir o projeto para outras áreas de vulnerabilidade de Santa Maria:

— Queremos levar esse conforto para outras famílias. O projeto é uma questão de saúde pública. Protege o meio ambiente, pois não jogamos o material fora, protege as casas, aquecendo o lugar, e ajuda que as famílias tenham melhor qualidade de vida.

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